TÓPICOS:

• Posicionamento;
• Paixão e seus efeitos;
• Emotização nas relações.

 

Saiba quem você é, sabendo como você fica ao se apaixonar.

O professor Pedro Calabrez, com muita maestria discorre que a paixão produz o mesmo efeito de anfetaminas”, e isso é real, você fica por dois anos em um estado de torpor, de altíssima intensidade emocional e baixa duração diferente do amor, que é de baixa intensidade e longa duração.

 

Paixão com logica, como?

 

Você já presencio uma pessoa numa relação muito desafiadora, mas que acredita que é a incrível? E que as pessoas buscam alerta lá são afastadas ou consideras “invejosas”?

Esse torpor da paixão pode domar a mínima percepção de realidade, e você pode passar a ver somente o que valida a sustentação da relação e ignorar abusos, grosserias, falta de reconhecimento, frieza e ainda justificar: “é uma fase, mas ela é tão boa “ou ainda ele tem ciúmes e cuida de mim para que ninguém se aproxime, porque ele me ama”, “Ela fez aquele escândalo na festa porque sentiu ciúmes porque ela me ama”. E exatamente aqui tudo que essa pessoa não resolve como ciúme, impulsividade, grosserias passam a ser administrados por você, como uma conta conjunta, mas, sem dividendos

A emoção que é muito diversa dos sentimentos, domina e isso passa a tirar de você pontos não resolvidos seus e extrapolar, sim são seus pontos não resolvidos, afinal, aquilo que está definido de forma clara se mantém, se você tem uma convicção de valor ninguém abala isso, mas pontos mais frágeis são facilmente tocados pelos vampiros emocionais e ele farejam o cheiro da carência

Emoção é condicionada a algum fato, fico alegre por que recebi flores, fico tranquila por estar de férias, tenho raiva por ser ignorada

Sentimento é algo muito maior, é incondicional, o processo de alegria superado desperta felicidade eu sinto felicidade por razão alguma, sinto paz independentemente de estar num escritório em guerra, eu sinto como um sentimento que é meu, que está em mim, independente de causas

Mas, quando a paixão domina o que não há resolvido e você, isso traz sequelas de querer sustentar o insustentável, segurar o rio que corre sobre seus dedos

Isso é impossível gerir? Sim, se você não se prepara, não se conhece, não se aprofunda em si mesma, não se prepara para uma guerra no dia da guerra, o preparo acontece diariamente, mas eu nego aquilo que me incomoda e assim anulo a experiencia que vem ao meu encontro preparar -me.

Saiba que emoções predominam em você durante o seu dia, durante sua semana, durante seu mês, durante seu semestre. Quais predominaram? Anote como acorda? Ao estar num desafio como age ou reage? Se alguém pensa diferente de você como fica?

O que é de sua parceira é dela, você pode apoiar, mas cada um resolve suas questões.

 

Material de apoio 

 

Assista e perceba sintomas de uma paixão e carência não é sinônimo de amor, e sim de não ter algo. Carência cria afetos imaginários o ponto de partida é o quanto eu amar a mim mesma me traz amor, sem auto aceitação não há amor interno nem externo.

 

O amor romantizado, pode ser definida com um formato mais logico, para permitir sua vida em meio a diferentes pessoas, com diferentes modos de vida e até mesmo culturas. Para que o amor dê certo, esmagamos, negamos nossas emoções e nossa essência e isso é pregado em novelas, filmes, seriados a mocinha e o rapaz só ficam juntos após muitas provas, enganos, mentiras, e no ultimo capitulo, são felizes para sempre. 

E se você decide uma relação de valor, há de substituir o gabarito Romântico por uma visão psicologicamente madura do amor, mais inteira, mais real diante de nossas mudanças, que pode estimular ou não diversas atitudes nada familiares, mas, esperançosamente, eficazes:

“Perceber que é normal que amor e sexo nem sempre devam estar juntos.”

“Perceber que falar sobre o dinheiro no começo, diretamente, de forma séria não é uma traição ao amor.”

“Perceber que somos bastante falhos, e nosso parceiro também, é imensamente benéfico para um casal aumentar a quantidade de tolerância e generosidade em circulação.”

“Perceber que nunca encontraremos tudo em outra pessoa, nem ela em nós, não por causa de alguma falha peculiar, mas por causa de como a natureza humana funciona.”

“Perceber que precisamos fazer esforços tremendos, e frequentemente um tanto artificiais, para nos entendermos; e de que a intuição não pode nos levar aonde precisamos ir.”

“Perceber que passar duas horas discutindo se é preciso pendurar as toalhas no banheiro ou deixá-las no chão não é trivial nem casual; há uma dignidade especial em lavar a roupa e cumprir com horários.”

Todas essas atitudes e outras pertencem a um futuro novo e mais esperançoso para o amor.

Texto de Alain de Botton

 

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Káthia Demiér Expertise em Comunicação e Postura Relacional